Pessoalmente acho que o 25 de Abril é uma grande utopia. Foi "vendida" como uma grande coisa, mas no final, a grande coisa só serviu para enriquecer alguns e dar tachos a outros.
Remus, obrigada ! Também 'falo' de uma certa utopia, mas acima de tudo parece-me que o Portugal de hoje nada se parece ao Portugal de há 40 anos, nessa altura, pelos relatos colhidos de viva voz de familiares hoje na casa dos 80 anos (que ouviam rádio proibida às escondidas no local da casa mais afastado da rua e que em pequenos tinham vergonha de levar sapatos calçados para a escola (e que no virar da esquina os colocavam na sacola dos livros) porque a maioria dos meninos iam descalços, que faziam 2 fornadas de pão quando precisavam só de uma, porque sabiam que a outra seria para dar a muitos que vinham pedir... que tinham uma caixa de correio onde era depositada a correspondência de toda a aldeia e que uma vez por semana durante umas horas liam as cartas às pessoas em voz alta e escreviam-lhas também, porque a maioria não sabia ler nem escrever...), principalmente nas terras do interior vivia-se quase como na pré história, zero acesso à informação e à cultura, fraco acesso à medicina, à higiene, aos bens hoje tidos como essenciais... etc e o mais triste é que maioria das pessoas não lhe sentiam a falta porque lhe desconheciam a existência... enfim tanto a dizer (desculpe o lençol...) :) beijinhos
E hoje em dia não se passará no mesmo? Fecham hospitais no interior. Fecham centros de saúde. Não existem médicos no interior, logo o acesso à saúde, continua a ser muito mau nesses lugares. Nas escolas, muitos alunos andam no 7.º ou 9.º ano e mal sabem ler e escrever português... Nas escolas existe a regra do facilitismo.
Segundo sei, antigamente era obrigatório ir à escola até a 4ª classe. Pelo que só os mais antigos (os tais com 80 e mais anos) é poderão não saber escrever. Mas aqueles que nasceram após 1950 já devem saber ler e escrever. Pelo menos, tinham a obrigação disso. E antigamente em todas as vilas, por mais pequenas ou maiores, possuíam sempre um médico. É claro que não existia uma sistema de saúde como actualmente. Os médicos eram todos particulares e era preciso pagar pelas consultas. Mas muitas vezes, uma consulta era paga com uma galinha ou uma broa e salpicão. Hoje em dia as consultas privadas são tão caras, que muitos esperam até à última para irem ao médico.
Moral da história: Mudamos muito... Mas no essencial, se calhar continuamos na mesma ou até piores. Acho que perdemos esse convívio e a ideia de ajudar o próximo.
Remus, concordo com quase tudo isso... mas ainda assim, que bom que é hoje podermos estar por aqui ou noutro lugar 'dialogando, concordando ou discordando' livremente ... beijinhos ;)
Cravos vermelhos, sempre!
ResponderEliminar(A fotografia está muito bem conseguida)
AC, obrigada! Sempre :) beijinhos
EliminarBelo cravo e muito bem aconchegado. :-)
ResponderEliminarPessoalmente acho que o 25 de Abril é uma grande utopia. Foi "vendida" como uma grande coisa, mas no final, a grande coisa só serviu para enriquecer alguns e dar tachos a outros.
Remus, obrigada ! Também 'falo' de uma certa utopia, mas acima de tudo parece-me que o Portugal de hoje nada se parece ao Portugal de há 40 anos, nessa altura, pelos relatos colhidos de viva voz de familiares hoje na casa dos 80 anos (que ouviam rádio proibida às escondidas no local da casa mais afastado da rua e que em pequenos tinham vergonha de levar sapatos calçados para a escola (e que no virar da esquina os colocavam na sacola dos livros) porque a maioria dos meninos iam descalços, que faziam 2 fornadas de pão quando precisavam só de uma, porque sabiam que a outra seria para dar a muitos que vinham pedir... que tinham uma caixa de correio onde era depositada a correspondência de toda a aldeia e que uma vez por semana durante umas horas liam as cartas às pessoas em voz alta e escreviam-lhas também, porque a maioria não sabia ler nem escrever...), principalmente nas terras do interior vivia-se quase como na pré história, zero acesso à informação e à cultura, fraco acesso à medicina, à higiene, aos bens hoje tidos como essenciais... etc e o mais triste é que maioria das pessoas não lhe sentiam a falta porque lhe desconheciam a existência... enfim tanto a dizer (desculpe o lençol...) :) beijinhos
EliminarE hoje em dia não se passará no mesmo?
EliminarFecham hospitais no interior. Fecham centros de saúde. Não existem médicos no interior, logo o acesso à saúde, continua a ser muito mau nesses lugares.
Nas escolas, muitos alunos andam no 7.º ou 9.º ano e mal sabem ler e escrever português... Nas escolas existe a regra do facilitismo.
Segundo sei, antigamente era obrigatório ir à escola até a 4ª classe. Pelo que só os mais antigos (os tais com 80 e mais anos) é poderão não saber escrever. Mas aqueles que nasceram após 1950 já devem saber ler e escrever. Pelo menos, tinham a obrigação disso.
E antigamente em todas as vilas, por mais pequenas ou maiores, possuíam sempre um médico. É claro que não existia uma sistema de saúde como actualmente. Os médicos eram todos particulares e era preciso pagar pelas consultas. Mas muitas vezes, uma consulta era paga com uma galinha ou uma broa e salpicão. Hoje em dia as consultas privadas são tão caras, que muitos esperam até à última para irem ao médico.
Moral da história: Mudamos muito... Mas no essencial, se calhar continuamos na mesma ou até piores. Acho que perdemos esse convívio e a ideia de ajudar o próximo.
Remus, concordo com quase tudo isso... mas ainda assim, que bom que é hoje podermos estar por aqui ou noutro lugar 'dialogando, concordando ou discordando' livremente ... beijinhos ;)
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